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A AMAZÔNIA E A COBIÇA INTERNACIONAL
20/01/2011 00:09:13


M. Paulo Nunes

 Quando jovem, por volta das décadas de 30 a 40 do século passado, participei de movimentos nacionalistas, hoje uma palavra que passou a representar o atraso, numa economia neoliberal, que globalizou a nossa economia, tornando-a dependente do capital financeiro internacional, como de resto ocorreu com as chamadas economias periféricos, a serviço das grandes potências, como os Estados Unidos da América. Lembro-me, naquela fase já distante de vida pública nacional que uma dessas entidades fora o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo na época da luta pela PETROBRÁS que quiseram destruir no governo passado e constitui hoje o centro da propaganda oficial de uma suposta autonomia em matéria de petróleo que ainda não sentimos em nossos bolsos. Essa luta era encabeçada por figuras nacionalmente veneradas, como os generais Horta Barbosa, Leônidas e Felicíssimo Cardoso, respectivamente, pai e tio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em seu longo governo de oito anos, não lhes seguiu os ensinamentos de caráter nacionalista. Também dela participaram parlamentares de renome como Artur Bernardes, ex-presidente da República e figura àquele tempo emblemática dessa luta, como ainda da luta em defesa da Amazônia, nos primeiros arreganhos do capital monopolista internacional, com a criação do Instituto da Hiléia Amazônica que visava a internacionalização daquela parte substancial e inalienável do patrimônio nacional. Foi esta a primeira tentativa concreta, em minha geração, de ocupação da Amazônia e assim poderem as grandes potências, que hoje não respeitam fronteiras como ocorreu com a invasão do Iraque, desrespeitando as decisões da ONU, expandir o seu domínio.

Na Folha de São Paulo, do dia 24 do corrente mês, vem a notícia de que um magnata sueco-britânico, que vive com uma “socialite” do nosso “grand monde” teria adquirido uma imensa extensão da área amazônica, com o suposto objetivo de preservar nossa floresta. No Diário do Povo, do dia seguinte, na coluna do brilhante jornalista Sebastião Nery, propugnador por uma conduta ética dos nossos políticos de que anda tão carente no momento a vida pública nacional, encontro uma denúncia do propósito criminoso de ocupação da Amazônia pelas grandes potências. Transcreve ainda ele os “pronunciamentos” de várias autoridades mundiais do mais alto porte, justificando a ocupação da Amazônia. A ex-dama de ferro, Margareth Tatcher e seu ministro do Exterior, John Major, o ex-premiê russo Mickail Gorbachev, o general norte-americano Patrick Hugles, o ex-presidente francês François Mitterand e o candidato democrata derrotado à presidência dos EUA,  Al Gore, (todos eles são iguais e farinha do mesmo saco), justificando a ocupação da Amazônia ou a sua  “universalização” .

                    Por outro lado, dois oficiais-generais de nossas Forças Armadas, Cláudio Figueiredo, ex-comandante militar da Amazônia, e o brigadeiro Ércio Braga, ambos de formação nacionalista, que felizmente os há em abundância em nosso Exército, em denúncias públicas, o primeiro, em conferência na ABI e o segundo, em um manifesto indignado, protestam contra aquela ocupação, colocando assim em pauta esse grande problema. O brigadeiro Ércio Braga se insurge em seu manifesto contra a sanção da Lei nº 11.284, de 2 de março deste ano, que trata da gestão das florestas na região amazônica e a considera “um ato de traição, pois atenta contra a integridade da Pátria.”

Vale a pena evocar aqui a esforço de brasileiros ilustres, como Euclides da Cunha, Alberto Rangel, Gonçalves Dias, o Barão do Rio Branco e todos aqueles que se empenharam na defesa daquele rico patrimônio de que a ganância internacional quer a qualquer custo, lançar mão, mais dia menos dia.

É a hora de todos os brasileiros ainda dotados de consciência cívica, os jovens principalmente, engajarem-se nessa luta de vida e morte em defesa daquela área que mais do que qualquer outra representa o suor e o sangue do povo brasileiro.  

  




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