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Uma Guardiã do Museu do Piauí: Dora Medeiros
19/01/2011 00:08:38


Por Aurizete Fonseca Sousa.
                                                  
Depois de sair, aos 16 anos, de Esperantina, Dora Medeiros começa a galgar uma história que faz dela um grande nome na cultura piauiense. A diretora do Museu do Piauí e membro do Conselho Estadual de Cultura representa hoje uma das maiores incentivadoras do processo de dinamização do Museu do Piauí, bem como da cultura de visitação dos acervos históricos do Estado.

Dora conta que iniciou a trabalhar muito cedo, logo aos 11 anos, em uma loja de seu tio Elias Medeiros, em Esperantina. Aos 14 anos foi ser professora leiga no Grupo Escolar Estado da Paraíba. “Quando vim para Teresina, logo que completei 18 anos fiz um concurso da Telepisa e passei, mas achei aquele ambiente tão diferente de tudo que eu gostava, um lugar fechado, não me sentia bem. Com uma semana eu falei com o meu pai (Cícero Medeiros) e saí do emprego”, conta Dora. A ousadia de inovar e ter prazer no que faz fez com que ela passasse a ter uma vida cheia de desafios.

Dora tem três filhos. Licenciou-se em Historia pela Universidade Federal do Piauí, é pós-graduada em Gestão Empresarial Competitiva, com ênfase em Recursos Humanos, e especialista em História da Arte e da Arquitetura. A historiadora conta que começou a trabalhar na Secretaria Estadual de Cultura como secretária, foi chefe de setor, de seção, coordenadora e diretora.

Ela brinca e diz que, mesmo diante de tanto trabalho. “Trabalhar com cultura é difícil, mas muito envolvente, e ver cada projeto realizado é uma gratificação grande. Os artistas, de maneira geral, são muito abnegados, são pessoas que se dedicam ao que fazem”, ressalta.

Dora diz que antes de ser diretora do Museu, foi vice-diretora na gestão  dirigida por Francisca Mendes e durante todo esse período foi reunindo conhecimento da administração da instituição, mas diz que, mesmo tendo conhecimento de toda a historia do local, foi um grande desafio assumir o cargo em 1999. “Muitas pessoas viam os museus como um local de juntar coisa velha, não avaliavam todo o teor de riqueza e patrimônio histórico que os museus possuem, mas felizmente, hoje, esta visão está sendo transformada.

O museu do Piauí é procurado por universidades que estão fazendo projeto aqui dentro, sem falar que de uma forma geral o numero de visitação tem aumentado sempre”, conta, destacando que a sua ida ao Museu e ao Conselho Estadual de Cultura foi o reconhecimento de todo o seu trabalho, uma realização profissional. “Está no Museu foi o momento do reconhecimento do meu lado profissional, e o conselho tem sido uma escola, um exemplo de instituição para mim”, completa.

A diretora diz que um dos grandes incentivadores para esta mudança foi à implantação, em 2003, da Política Nacional de Valorização do Museu, fato que melhorou os acervos dos museus no Brasil todo, além de incentivar o crescimento dos acervos históricos. “Esse projeto foi muito útil para nós aqui do Piauí, através dele já temos sido bastante beneficiados, como a informatização do museu, os cursos de capacitação, que tem sido realizado aqui, com profissional de fora com mais experiência na área”, completa Dora.

Teresina, 06 de agosto de 2006
Jornal Meio Norte
Caderno “Vida”
Coluna “Gente da gente”
 


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