O lançamento oficial da revista que chega a quinquagésima edição com um acertado casamento entre texto e imagem, acontece no dia 04 de julho, às 9h, no Conselho Estadual de Cultura, que fica localizado à Rua Treze de Maio, 1513, Bairro Vermelha. A revista Presença é uma publicação semestral, distribuída gratuitamente para Conselhos Estaduais de Cultura, secretarias e fundações culturais, bibliotecas públicas, universidades, academias de letras e escolas públicas estaduais. Na edição nº50, a publicação traz como assunto principal: O Imaginário Popular em composições fantásticas de Bernardo Guimarães de autoria de Hugo Lenes Meneses. A revista Presença é uma publicação semestral, distribuída gratuitamente para Conselhos Estaduais de Cultura, secretarias e fundações culturais, biblioteca públicas, universidades, academias de letras e escolas públicas estaduais. Na edição nº48, a publicação traz como assunto principal os aspectos históricos e literários do Cangaço.
EDITORIAL
UM PROJETO CONSEQUENTE
O Piauí tem boas razões para orgulhar-se do Conselho de Cultura que tem. Em primeiro lugar, trata-se do mais antigo do país, criado que foi em 1965. Em segundo lugar, é um colegiado compacto, com apenas 9 membros, e com atuação firme e independente em defesa da cultura piauiense. Instalado hoje em sede própria, no bairro Vermelha, o CEC- PI dispõe de auditório, biblioteca e centro de informática abertos ao público. Não bastasse isso, edita a revista Presença , que chega à 50ª edição sem fazer concessões no que diz respeito à qualidade dos textos que publica.
Como explicar a longevidade da revista Presença num país em que publicações do gênero costumam ter vida breve? É simples: pluralidade de opiniões e respeito à inteligência dos leitores. Neste número, por exemplo, temos artigos de intelectuais de nível de Amandino Teixeira Nunes Júnior, Carlos Evandro Martins Eulálio, M. Paulo Nunes, Celso Barros Coelho, Teresinha Queiróz, Jasmine Ribeiro Malta e Hugo Lenes Meneses, para citar apenas alguns.
Integram esta edição: artigo mais do que oportuno, de Celso Barros Coelho, sobre a figura, hoje esquecida, de Antônio Coelho Rodrigues, um dos juristas mais influentes do final do Império e início da República. Teresina Queiroz, por seu turno, repropõe uma análise mais atenta às obras que tratam das lutas pela independência do Brasil na província do Piauí. M. Paulo Nunes presta justa e merecida homenagem a O. G. Rego de Carvalho, de saudosa memória, um dos integrantes da Geração Meridiano. Jasmine Malta traça um perfil, rápido, mas significativo, do poeta Vinícius de Moraes, “o homem que viveu o amor” em sua plenitude. Cunha Silva Filho, ao resenhar o livro Correntes Cruzadas, destaca a inestimável contribuição do crítico Afrânio Coutinho, introdutor da “nova crítica” no Brasil. Amandino Teixeira Nunes Júnior analisa o problema da origem do mal na filosofia de Santo Agostinho. O professor Hugo Lenes Meneses, em artigo instigante, evidencia aspectos poço conhecidos nas composições fantásticas do poeta e ficcionista Bernardo Guimarães. Carlos Evandro Martins Eulálio resenha Pedra de Cantaria, livro mais recente de Graça Vilhena. Fechando a edição, temos um conto ( A Cortina Invisível) de Enéas Athanásio, o discurso de posso do Desembargador Othon Lustosa no Tribunal de Justiça do Piauí e uma análise da trajetória singular do pintor e escultor Jeferson Soares. Jota A, sempre instigante, fecha a edição com um cartum esperto. O projeto gráfico desta edição ficou a cargo de Genivaldo Costa, uma das figuras mais representativas das artes plásticas piauienses. Longa vida à nossa Presença, uma revista plural.
