Por: Andressa Kerllen
Cultura como exercício de cidadania
Enquanto algumas crianças se divertiam no laboratório de informática, em uma oficina de jogos educativos on-line, outras aprendiam técnicas de pintura em tecido, dobraduras e gravuras. Nesse mesmo momento, os pais realizavam aferição da pressão arterial, testes de glicemia, orientação e avaliação nutricional e até mesmo corte de cabelo e limpeza de pele. Esse foi o ritmo do Dia Nacional da Cultura, 5 de novembro, no Centro Cultural da Vermelha, que integra o Conselho Estadual de Cultura.
Ações de saúde, beleza, educação e cultura preencheram todos os espaços da sede do CEC, durante o dia de sábado. O Conselho resolveu diferenciar-se ao realizar um Dia de Ação Social para os moradores do bairro Vermelha e demais localidades situadas próximo ao bairro, no Dia da Cultura. Foram oferecidos diversos serviços por meio de parcerias estabelecidas com várias instituições e empresas como SESC, Associação dos Moradores da Vermelha, Forever Living, IBAMA, Faculdade Santo Agostinho, Fundação Wall Ferraz e Instituto Embelleze.
Atividades realizadas
Na abertura do evento, Felipe Vilarinho emocionou a todos com um belo Recital de Violão Instrumental que foi seguido de uma palestra bastante elogiada sobre a Medicina e Cangaço, proferida pelo Dr.Leandro Cardoso Fernandes. Exposições Culturais como Flores de Monturo do Prof.Cineas Santos e Arte Santeira, do artesão Mestre Dim, também despertaram a atenção daqueles que participaram do evento.
A colaboradora do Conselho, Teresinha Silva, destaca a oficina de entalhe em madeira realizada pelo artesão Mestre Dim. “Com uma metodologia diferenciada ele relatou aos participantes um pouco de sua rotina, falou das dificuldades encontradas nesta profissão e das viagens que já realizou para representar a arte santeira no exterior, para em seguida iniciar a produção das peças.
Outro momento bastante interessante foi a Contação de Histórias realizada pelo Prof.Antonio Carlos que contagiou aqueles que ali estavam e reuniu público bastante heterogêneo, de crianças a adultos, no Auditório Liz Medeiros.
Na área da saúde, acadêmicos de Enfermagem e Nutrição da Faculdade Santo Agostinho, orientaram jovens e adultos sobre o valor dos cuidados com o corpo. Esclarecimentos sobre a maneia correta de realizar a escovação e a distribuição de kits de higiene bucal movimentaram o stand do SESC. Cortes de cabelo, depilação de sobrancelhas e limpeza de pele movimentaram o espaço saúde.
Sob a orientação das oficineiras, um grupo de adolescentes tiveram a oportunidade de aprender técnicas de pintura em tecido na biblioteca Auristela Soares. Como resultado final da oficina eles confeccionaram panos de prato com motivos natalinos.
Para o Presidente do Conselho, Manoel Paulo Nunes, o Conselho de Cultura precisa continuar investindo na realização de atividades que promovam a cultura do estado, pois a comunidade de um modo geral tem interesse em participar dessas ações. E estender os eixos de ação do CEC para outras áreas de atuação só enriquece o processo de aquisição do conhecimento. Acrescenta-se a isso o valor revolucionário dessa atividade que trabalhou a cultura como exercício de cidadania por meio da inserção e expansão da cultura nas mais variadas formas.
È consenso geral entre os Conselheiros e colaboradores do CEC que o ponto mais positivo nesta iniciativa, foi a apropriação do espaço pela comunidade do bairro onde ele está inserido. Ângela Maria, colaboradora do Conselho, considera importante a participação de famílias nas atividades oferecidas no evento.
Responsabilidade Social
Além de promover tais atividades, a Ação Social também arrecadou aproximadamente 150 kg de alimentos não-perecíveis e itens de higiene e limpeza para serem doadas a Associação Esperança e Vida, que fica localizada no bairro Vermelha e tem como objetivo proporcionar ao portador de câncer a oportunidade de conhecer seus direitos. A assistente social da Associação, Clarice Rafaelly, acredita que “este evento mostrou-se uma ótima oportunidade de unir iniciativas que visam à melhoria da qualidade de vida das pessoas que necessitam desses serviços; além disso, ela acrescenta que o Conselho é um espaço indispensável para o desenvolvimento cultural do bairro que já dispõe de nomes na área da cultura piauiense”.