Por: Andressa Kerllen
Em 1823, ocorreu na província do Piauí, uma batalha que envolveu piauienses, cearenses e maranhenses contra as forças de Portugal pelo processo de Independência do Brasil. A Batalha do Jenipapo, como ela ficou conhecida, talvez tenha sido a iniciativa mais sangrenta e mais importante na consolidação desse processo. Acontece que de uma forma inexplicável esse conflito ficou fora dos livros de história.
Para esclarecer melhor esse acontecimento, o Conselho Estadual de Cultura realizou nessa segunda-feira, 5 de setembro, uma palestra sobre a Batalha do Jenipapo.O professor e quadrinista Bernardo Aurélio foi o convidado para realizar uma apresentação sobre o livro Foices e Facões produzido por ele e por Caio Oliveira que tenta preencher de maneira lúdica esse vazio na história.
Manoel Paulo Nunes, Presidente do CEC, realizou a abertura do evento com um breve percurso histórico sobre o processo de emancipação brasileiro e com um alerta para que professores e alunos procurem atualizar-se sobre a temática em questão.
Os alunos das escolas públicas Paulo Ferraz e Gabriel Ferreira tiveram a oportunidade de ter contato com a História da Independência do Brasil de maneira bastante lúdica por meio dos quadrinhos contidos no livro do palestrante. Em seu relato, Bernardo Aurélio comentou um pouco sobre o processo de produção do livro, sobre as viagens que teve que realizar para os locais mais importantes da Batalha de Jenipapo.
Ele esclareceu também o porquê de Foices e Facões ser o título do livro. “Pessoas de um modo geral sem armamentos e sem preparo para a guerra muniram-se de Foices e de Facões para lutar pela Independência do Brasil”, diz Bernardo Aurélio.
O livro foi adotado por escolas da Rede Pública Estadual; de toda a tiragem 80% está nas mãos dos alunos e o restante se encontra disponível no Complexo Cultural Valdir Fortes, em Campo Maior e em livrarias de Teresina.
Ao final do evento aconteceu o sorteio de uma edição do livro e, além disso, houve a entrega na mais nova edição da Revista Presença que está disponível na sede do CEC. Os alunos comentavam nos corredores do Conselho que a palestra foi bem interessante, pois a história da Batalha de Jenipapo foi retratada de uma maneira diferente e o original.
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