Por José Marques de Souza Filho DRT 1002
Assessor de Comunicação do CEC
O conselheiro Cinéas Santos pediu ontem (18) que a prefeitura do município de Castelo do Piauí, situado a cerca de 200 km ao norte de Teresina, tome providências urgentes nos sítios arqueológicos Pico dos Andrés e Arco do Triunfo, que ficam a 25 km da sede daquele município, na estrada que vai para o município de Buriti dos Montes. Segundo ele, que foi até o local esta semana fazer gravação para um programa que ele apresenta numa emissora local, os sítios estão sendo depredados de forma irresponsável.
Reunião do CEC
A solicitação foi feita durante sessão ordinária do CEC – Conselho Estadual de Cultura, que aconteceu na sede da instituição, que fica no bairro Vermelha, zona sul de Teresina. “O maior patrimônio do Castelo (Castelo do Piauí) não é a cachaça que eles fabricam, não. São aquelas formações arqueológicas, que poderiam render divisas ao município, se fossem devidamente exploradas. A situação me pareceu extremamente grave e precisa de cuidados”, disse Cineas, que também pediu ao CEC para encaminhar à prefeitura de Castelo um expediente solicitando providências.
De acordo com Cineas, no sítio Pico dos Andrés, descrito como de uma riqueza arqueológica magnífica, com uma diversidade de imagens e esculturas, na principal pedra, onde existem mais elementos históricos, formou-se um recinto de animais. “A dona do terreno fez literalmente um chiqueiro de bode (...) No período das chuvas, os animais procuram um local para se agasalharem e vao urinando no local. Como a urina contém Amônia e outras substâncias corrosivas, em pouco tempo, aquelas pinturas e gravuras estarão danificadas”, afirmou Cineas.
“No Arco do Triunfo tem um campo de futebol, onde a pedra serve como gandula: toda vez que a bola bate na pedra, volta. Como aquilo é muito frágil, rocha arenítica, inevitavelmente, aquele campo de futebol está comprometendo aquele sítio... É de um descaso! Não bastasse isso, um cretino começou a reproduzir as pinturas, atualizando-as em algumas pedras. Ou seja, num curto espaço de tempo não se vai saber o que é original e o que é o que não é”, finalizou Cineas, afirmando que os sítios não são protegidos legalmente pelo poder público em forma de parque arqueológico.
19/03/11
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*JOSÉ MARQUES DE SOUZA FILHO*
*Jornalista - DRT 1002 Teresina - Piauí
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