Por José Marques de Souza Filho
Assessor de Comunicação do CEC
Jornalista – DRT 1002
O arquiteto e urbanista Olavo Pereira da Silva f., que é especialista em restauração e conservação de monumentos históricos e coordenador do projeto IPAC-TE - Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Teresina, que está sendo encaminhado pela Prefeitura Municipal de Teresina, através da FCMC – Fundação Cultural Mons. Chaves desde 1988, disse hoje (15) que cerca de 1500 prédios históricos de Teresina podem ser destruídos nos próximos anos.
O arquiteto é o convidado do CEC – Conselho Estadual de Cultura e da Fundação Cultural Mons. Chaves, para realizar na próxima quinta-feira (17), às 19hs, na sede do CEC, situado na Rua 13 de Maio, bairro Vermelha, zona sul da cidade, a palestra “Paisagem urbana e Inventário de Proteção do Acervo Cultural de Teresina / IPAC-TE. A atividade faz parte do Calendário de Eventos do CEC, que prevê a realização de varias atividades em cada mês.
Segundo ele, até mesmo a Legislação de Uso e Ocupação do Solo Urbano, instrumento público que deveria colaborar com a preservação deste patrimônio histórico, ao contrario, é um dos instrumentos de destruição. “Em breve, será disponibilizado ao público o trabalho de identificação e caracterização destes imóveis, mas falta decisão política para enfrentar o problema. Isso deve ser um objetivo político. Por tudo, é um fato de natureza social, de relações entre pessoas e não entre objetos”, comenta Olavo.
Olavo explica que o conhecimento dos bens que constituem o acervo cultural de uma região e que configuram uma determinada Paisagem Cultural é fundamentado no art. 216, § 1º da Constituição Federal de 1988. Em Teresina, este processo começou ainda naquele ano, na gestão da Profª. Cecília Mendes na Fundação Cultural Mons. Chaves. No entanto, depois de uma longa parada, o projeto foi resgatado em 2009 pela mesma Fundação e deve apresentar ainda neste ano um Plano de Preservação Emergencial para área central da cidade.
15/03/2011
