Por
José Marques de Souza Filho DRT 1002
Assessor de Comunicação do CEC
Uma proposta que teria sido feita na semana passada, em
tom de brincadeira, pelo prefeito de Teresina Elmano Ferrer, de criar um
estacionamento para a moderna Câmara de Vereadores, derrubando o prédio do
Centro de Convenção da cidade, que está em processo de reforma, foi motivo de
ironia durante sessão do CEC – Conselho Estadual de Cultura, que aconteceu na
ultima quinta-feira (24).
“Ele está com um estacionamento na cabeça. Agora, o
governador (Wilson Martins) foi muito cruel com ele e disse que, “isso, é uma
bobagem. E, isso, dito pelo prefeito da capital é um negócio muito duro”. O
prefeito é uma pessoa muito gentil, atencioso, mas está completamente
equivocado sobre transito, sobre espaço”, acrescentou o professor Paulo Nunes,
presidente do CEC.
A temática serviu de “pano de fundo” para criticar a política
de trânsito de Teresina que, segundo a maioria dos conselheiros, está
privilegiando os veículos em detrimento dos pedestres e do patrimônio
arquitetônico da cidade. “Aquela obra que foi feita recentemente, na lateral da
Praça da Bandeira, que corresponde a frente da Igreja do Amparo (no centro de
Teresina), é um estacionamento”, denunciou a conselheira Dora Parente.
Museu
ameaça cair devido ao transito
“Essa história de estacionamentos e abrir avenidas...
Preparem-se, pois aquele projeto de abertura da Praça Saraiva, a partição da
praça, continua vivo. Continua vivo!!!”, gritou o conselheiro Cineas Santos,
que se confessou ainda preocupado com a situação do Museu do Piauí, na Praça da
Bandeira. “As paredes daquele Museu têm cerca de 90 cm de espessura e há duas
ou três fissuras, fendas que já passaram de uma parede para outra, de um lado
para o outro, inclusive, uma delas se aproxima do paredão frontal e aquilo pode
ter conseqüências bastante serias”, acrescentou Santos.
Cineas lembrou ainda que, mesmo a colocação de amarras
de cimento no local vai descaracterizar o prédio. E, para ele, a
responsabilidade pelo problema é do trafego de ônibus. O conselheiro criticou
duramente os técnicos da obra que, segundo ele, debocham até das avaliações do
CEC e outras feita por técnicos de fora do projeto, denunciando o problema dos
abalos no parque arquitetônico do local.
“Inclusive, o senhor Augusto Basílio, logo após à
construção, foi para a televisão e disse: Olha, aí, disseram que o prédio ia
cair (...) As conseqüências são péssimas. No inverno, aquela área é muito ruim,
o solo é muito frágil, isso todo mundo sabe... A igreja Das Dores caiu, a
igreja Do Amparo, não caiu por pouco e teve que ser toda escorada. Isso, um
engenheiro tem que saber”, finalizou.
28/02/11