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Por José Marques de Souza Filho DRT 1002
Assessor de Comunicação do CEC
O professor Cinéas Santos denunciou ontem (03) na sessão do CEC – Conselho Estadual de Cultura, que acontece ordinariamente toda quinta-feira, na sede da entidade, no bairro Vermelha, em Teresina, a depredação da Pedra do Castelo, localizada na cidade de Castelo do Piauí, que fica a cerca de 150 km ao norte de Teresina.
A constatação do professor aconteceu está semana durante a gravação de um programa de TV que é apresentado por Cineas numa emissora local. “Havia tentativa de tirar as inscrições rupestres. Sem perceberem que aquilo é arenito, pessoas tentaram tirar as pedras. Aquilo se derrete! Quando se bate o escopo alí, aquilo cai. Mas, há as marcas de tentativas de tirar as inscrições para levar como suvenirs”, disse o professor.
Cineas acrescentou que, de acordo com informações da professora Conceição Lages, que é arqueólogo e também faz parte do Conselho, o IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico, há algum tempo atrás, fez um limpeza significativa no local, sendo que a limpeza e a guarda do monumento é de responsabilidade da prefeitura municipal daquele município. “Infelizmente a prefeitura não colocou ainda nem uma placa indicativa na entrada do sitio”, disse Cineas.
Ele denunciou ainda que, há cerca de 15 dias, vândalos queimaram os ex-votos que existiam no centro da gruta. “Ora, se queimaram aquilo, nada impede que ações bem mais comprometedoras possam ocorrer. Aquilo que, para algumas pessoas, é o resultado de uma devoção... Mancharam, cupiscaram com a fuligem toda a parte lateral da pedra”, disse.
Cineas comentou que romeiros soltavam foguetes dentro da estrutura da gruta, o que pode ter conseqüências ainda piores. Ele disse que, com veemência, chamou a atenção o prefeito daquela cidade sobre o problema. “Saber que a prefeitura não está cuidando daquilo como deveria é entristecedor. (...) Você não pode deixar que um monumento daquele, com aquela importância para o Piauí e para a humanidade, seja destruído. Aquilo não pertence a prefeitura de Castelo, pertence ao mundo. Nó não temos o direito de destruir aquilo que não podemos construir”, encerrou indignado o professor.
04/02/11
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